Notícias 4 de novembro, Dia Nacional Das Favelas


4 de novembro, Dia Nacional Das Favelas

Salve meu aliado. Como vai essa força?

Espero que bem demais!

Andei meio sumido das postagens aqui no blog da Família QDL, mas foi por conta de muito trabalho nos últimos dias, graças ao bom Deus.

Hoje volto com a intenção de mandar uma mensagem muito importante para todos que residem nas favelas desse brasilzão. Dizer que hoje, dia 4 de novembro, é o Dia da Favela. Dia esse que marca com muitas histórias e lutas de um povo que é forte e que nunca desiste em meio às batalhas do dia-a-dia.

Dia que enaltece os guerreiros e guerreiras que não deixam a peteca cair e além de cuidar de suas famílias, ainda arrumam tempo para cuidar dos outros, dos mais necessitados e vulneráveis dentro das favelas.

Quero agradecer pela vida dos que se entregam de corpo e alma nessa missão de empatia pelo próximo e que sempre deixam como legado, a bondade e o amor. Temos muitos exemplos de pessoas como essas espalhadas por todas as quebradas e que dedicam a vida em ajudar sua comunidade. Dedicam-se em melhorar, nem que seja por um dia, a vida de quem precisa e isso devemos mostrar com muito orgulho. Pessoas como essas, que podem ser até seus amigos, devem ser lembrados com honra e respeito, sempre.

Somos potência quando estabelecemos que a força depende da união entre os povos do nosso gueto, quando decidimos encarar os problemas impostos pelo sistema capitalista e desonesto com garra e determinação.

A mudança de paradigmas, de esteriótipos, de conceitos, depende de como estamos vendo e enfrentando tudo isso, a pobreza, o descaso, a falta de oportunidades, os dedos apontados, o racismo, tudo isso com a má intenção de nos deixar fracos e submissos a ideais impostos por um sistema que ataca os mais vulneráveis social e financeiramente.

Em meio a tudo isso, temos histórias de pessoas que vencem todos os dias nas favelas do Brasil. Pessoas que sofrem, mas que levantam a cabeça e dão a volta por cima, fazendo com que o ciclo seja desfeito, dando margem à uma nova visão de comportamento em torno do que sempre foi pregado, uma visão de que somos a carência, no sentido pejorativo mesmo.

Quando a favela acorda e busca a informação que foi negada por anos, ela cresce e se desenvolve de dentro para fora, fazendo com que a realidade de fraqueza que foi instaurada imaginariamente, seja destruida para dar espaço ao verdadeiro sentido do ser e do viver dentro de cada um, dentro de cada casa.

A luta sempre foi dobrada para o pobre, sendo ele negro ou branco nas periferias e como tem sido durante muitos anos, estamos nos superando a cada dia, descobrindo que somos mais fortes do que imaginamos, que temos potencial de criar, formar, empreender, de gerar a própria economia, de capacitar uns aos outros e de mostrar que a força vem daqui, do povo das grandes e pequenas favelas do Brasil.

Quando vemos que políticos ou grandes empresas vem até nós, sabemos que o interesse é exatamente de usar a força que temos para fortalecê-los, tudo em cima de falsas promesssas, de falsas esperanças, mas isso tem mudado muito nos últimos tempos. O povo que sempre foi marginalizado e excluído, descobriu que a decisão é pessoal e singular e que devemos tomá-la da melhor forma, sem sermos conduzidos ao erro, por mais que isso venha a acontecer, porém, está diminuindo muito. O fato é que devemos nos informar cada vez mais para que a mudança seja feita com mais rapidez e eficácia dentro das favelas em torno dos direitos básicos do ser humano.

Depende de nós, a força está aqui e nunca devemos aceitar que decidam pela gente. Nunca devemos abaixar a cabeça para o que podemos enfrentar e transformar para melhor. Nunca!

Desce 1897, quando nasceu a primeira favela, estamos construindo nossa ascenção em cima daqueles que lutaram e morreram por nós. Pessoas como Antônio Conselheiro, Zumbi de Palmares, Gandhi, Nelson Mandela, Cézar Chávez, entre outros. Quero destacar aqui um frase dita em um discurso feito por César Chávez e que continua ecoando muito forte, ele disse:

“Uma vez que a mudança social começa, ela não pode ser revertida. Você não pode deseducar a pessoa que aprendeu a ler. Não pode humilhar a pessoa que sente orgulho. Não pode oprimir as pessoas que já não têm medo. Nós vimos o futuro, e o futuro é nosso.”
— César Chávez 


Essa com certeza é uma das frases mais bem colocadas nos últimos tempos e é como nos vemos hoje. Então, se você leu até aqui e faz parte desses grandes aglomerados subnormais com capacidade instelectual chamada "Favela" sinta-se orgulhoso e tenha a certeza de que a conquista será sua no momento em que decidir ir atrás dela.

Somos potência e não carência — Celso Athayde (Presidente da Cufa) 

E como sempre convido, sinta-se parte da Família QDL.

Compartilha esse artigo se achou interessante. Espalhe a palavra!

 

Tem algo à dizer?